O filme “Imperdoável” (2009), disponível na Netflix, traz Sandra Bullok no papel de Ruth, uma ex-presidiária que, depois de 20 anos cumprindo pena pela morte de um xerife, tenta recomeçar a vida.
As coisas se complicam, entretanto, quando o filho mais velho desse xerife mostra-se obstinado em vingar a morte do pai. Ele, entretanto, não quer fazer o “trabalho sujo” (tem outros planos que só descobriremos no final do filme).
Então, tenta convencer o irmão mais novo a seguir com a vingança. Para isso, apela à “consciência familiar” do caçula. O que isso significa?
Três consciências
O ser humano, segundo as descobertas de Bert Hellinger, é guiado por três consciências:
- A consciência pessoal (individual, menor ou familiar).
- A consciência sistêmica.
- A consciência espiritual.
Não é um tema simples – no curso de Formação em Constelações Familiares do Instituto Koziner, temos um módulo exclusivo para explicar como elas atuam em nossas escolhas e em nossas vidas –, mas podemos começar a clarear a primeira delas, tomando o filme como base.
A consciência pessoal se molda na infância: primeiro, com uma imagem de como as coisas deveriam ser; depois, essa imagem se torna uma crença; e, em seguida, uma verdade que dificilmente questionamos. Muitas vezes, nos aprisionamos dentro desse nível de consciência e passamos por muitas dificuldades.
Lealdades familiares
Quando seguimos certos padrões de nossa família – ainda que nos levem ao sofrimento; por exemplo, um padrão de escassez – nós nos sentimos de consciência leve. Se, ao contrário, fizermos escolhas que quebrem esse padrão, ficaremos de consciência pesada (veja esse vídeo sobre lealdades familiares).
Desde que o xerife foi assassinado, o filho mais velho e a mãe dele também interromperam, de certa forma, a própria vida. Apenas o caçula parece seguir adiante: se casa, tem uma filha, um trabalho.
É justamente esse “seguir em frente” que o mais velho usará contra ele, como se isso o fizesse amar menos a família de origem ou não se importar com ela.
Por outro lado, Ruth também segue sua consciência familiar. Seus pais morrem e ela passa a cuidar da irmã pequena. Para poupar a caçula, ela sacrifica a própria história.
Como nos libertamos desse movimento? Olhando para algo maior, expandindo nossa consciência. As constelações são um caminho para isso.
O filme é realmente esclarecedor dos conflitos que a vida nos atribui.O processo do “Seguir em Frente” alcançada pela Constelação Familiar é de fato LIBERTADOR.
Tenho refletido sobre esses temas: consciência pessoal ou menor, consciência sistêmica e consciência espiritual, como também nas leis sistêmicas…
Refazer meu caminho à luz das constelações familiares, fez que o meu olhar para as minhas relações familiares com mais cuidado, atenção e menos críticas e julgamentos.
Eu tinha uma cobrança danada com a minha mãe!!!
Agora, todos os dias eu olho para essa relação. Entendo que é uma jornada. Estou caminhando, feliz com os meus aprendizados!
Sou aluna do instituto e recomendo esta formação porque a qualidade é excelente!