Se você acredita que seus medos são apenas seus – “afinal, de quem mais poderiam ser?” – convido você a acompanhar este artigo até o final. Talvez seja possível abrir uma nova perspectiva sobre as origens daqueles sentimentos persistentes, que resistem a muitas tentativas de mudança.
Descobertas notáveis da Emory University, em Atlanta, revelaram que medos e traumas podem ser transmitidos através das gerações.
Em estudos com camundongos machos, cientistas expuseram esses roedores ao cheiro da flor de cerejeira, associando-o a pequenos choques elétricos. Como resultado, os ratos passaram a estremecer com o odor, mesmo quando expostos a ele sem o choque.
Medo chegou aos netos dos camundongos
O aspecto mais surpreendente surgiu nas futuras gerações dos camundongos expostos ao estímulo. Filhotes que nunca haviam sentido o cheiro da flor de cerejeira ou recebido os choques elétricos demonstraram a mesma reação de medo ao odor, estremecendo ao entrar em contato com ele. Essa resposta de medo foi até mesmo transmitida a alguns de seus próprios descendentes.
A pesquisa mostrou que os camundongos que foram treinados para ter medo do cheiro da flor de cerejeira (camundongos medrosos) apresentaram mudanças epigenéticas em seu material genético. Especificamente, eles produziram espermatozoides com menos marcadores epigenéticos no gene responsável pela produção de receptores que detectam o cheiro dessa flor.
Por outro lado, os filhotes desses camundongos medrosos apresentaram um maior número de receptores para o cheiro da flor de cerejeira em seus cérebros. Ou seja, eles herdaram uma maior sensibilidade ao cheiro que causava medo em seus pais.
Mistério
Apesar dessas descobertas, a conexão exata entre as mudanças epigenéticas nos pais e a associação do cheiro ao medo nos filhotes ainda é desconhecida para esses cientistas.
Um caminho que, talvez, pode ajudar a compreender como isso acontece seja o estudo do biólogo Rupert Sheldrake, com sua teoria sobre os campos morfogenéticos (veja vídeo abaixo).
Importância da abordagem sistêmica
Nesse contexto, a abordagem das constelações familiares ganha cada vez mais importância. Ao possibilitar que identifiquemos dinâmicas ocultas na família, abre caminhos de solução para superar nossos desafios, liberando-nos de fardos emocionais que talvez não nos pertençam diretamente.
Com essa abordagem, é possível compreender também como as experiências do passado podem influenciar nossas vidas no presente. Ao explorar as conexões entre o passado e o presente, a constelação familiar nos convida a reconhecer padrões que possam estar afetando diversas áreas de nossas vidas.
Nossas histórias familiares são como fios invisíveis que nos conectam ao passado, e ao reconhecer sua influência, podemos desvendar mistérios que moldam nossa jornada. Assim, somos capazes de construir um futuro mais saudável e consciente.
Maravilhoso Dr. Mario Kozziner consegue nos surpreender e a maneira como ele aborda os temas é de uma compreensão, clareza e objetividade inigualáveis . Parabéns Dr. Mário
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Aos poucos va caíndo a venda dos olhos. Obrigada pela informação.
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