Autor de “Onde estão as moedas?” (assista aqui a uma leitura desse conto maravilhoso como professor Mario Koziner), o psicólogo e constelador espanhol Joan Garriga propõe uma leitura interessante sobre os relacionamentos afetivos em “O amor que nos faz bem, quando um e um somam mais que dois”.

 

Usando, entre suas referências, o criador das constelações familiares, Bert Hellinger, e o mestre hindu swami Prajnanpad, Garriga nos convida a profundas reflexões sobre o que, geralmente, funciona ou não nos relacionamentos. E nos provoca: “A boa notícia: ninguém pode nos fazer infelizes” e, a “má”, consequentemente, é que ninguém pode nos fazer felizes.

Então, o que pode nos ajudar a resgatar e a melhorar sua vida conjugal? Entre os muitos aspectos desenvolvidos por Garriga, trazemos aqui três deles aqui para inspirar você:

 

Chega do “quem pode mais”

Lutas de poder minam a relação.  Para que o amor flua em um relacionamento saudável, é essencial que nenhum dos parceiros sinta que possui poder sobre o outro, nem se sinta melhor (ou que sua família é melhor). Em vez disso, o caminho é contribuir para o desenvolvimento do máximo potencial do parceiro.

Por trás das competições, é comum encontrarmos a falta de respeito mútuo. As competições colaboram para romper a sinceridade e a felicidade do vínculo profundo, mesmo que o relacionamento perdure.

O que você quer? Uma competição ou um vínculo de confiança?

 

O poder de confiar

No contexto afetivo, a confiança desempenha um papel essencial. No entanto confiar plenamente no outro não significa adotar uma atitude controladora ou exigir perfeição e sinceridade absolutas.

Para Garriga, essa confiança se assemelha à confiança inocente que uma criança sente em relação à sua mãe, mas adaptada ao universo adulto.

Confiança implica ter certeza de que o parceiro deseja o nosso bem e não nos fará mal. Esse sentimento é crucial para evitar o medo e a tensão que podem surgir quando não temos certeza das intenções do outro.

O medo, por sua vez, é um inimigo do amor e impede a abertura sincera do coração.

 

Aceitando as fraquezas, superando as dores

A maioria dos relacionamentos íntimos traz consigo dores do passado e pode nos fazer lembrar de situações de traição ou vulnerabilidade. Então, sentimos medo. Como confiar de novo?

É importante reconhecer que tanto nós quanto nosso parceiro podemos causar mal em algum momento. A confiança verdadeira implica esperar que o outro cumpra seus compromissos e busque o nosso bem, mas também implica estar ciente de que, em determinadas circunstâncias, isso pode não ocorrer.

A confiança verdadeira não exige garantias absolutas, mas sim a convicção de que, juntos, somos capazes de resistir e seguir em frente.

Descubra, no vídeo abaixo, como respeitar as ordens do amor nos relacionamentos podem nos ajudar a construir relacionamentos mais ecológicos.