Desenvolver a autoestima é acreditar que somos capazes de viver e somos merecedores do bem-estar, portanto, capazes de enfrentar a vida com mais confiança, boa vontade e otimismo! Fundamental para atingirmos nossas metas e nos sentirmos realizados.
Desenvolver a autoestima é expandir a plenitude pessoal.
- Quanto maior a nossa autoestima mais bem equipados estaremos para lidar com as adversidades da vida; quanto mais flexíveis formos, mais resistiremos à pressão de sucumbir ao desespero ou à derrota.
- Quanto maior a nossa autoestima, maior a probabilidade de sermos criativos, de obtermos sucesso; maiores serão as nossas possibilidades de manter relações saudáveis, em vez de destrutivas, pois, assim como o amor atrai o amor, a saúde atrai a saúde, a motivação e a sociabilidade atraem mais do que o vazio e o oportunismo.
- Quanto maior a nossa autoestima, mais inclinados estaremos a tratar os outros com respeito, benevolência e boa vontade, pois não os veremos como ameaça, não os sentiremos como “estranhos e amedrontadores”, uma vez que o autorrespeito é o fundamento do respeito e aceitação dos outros.
- Quanto maior a nossa autoestima, mais ambiciosos tendemos a ser, não somente na profissão ou financeiramente, mas em termos de experiências emocionais, criativas ou espirituais; mais alegria teremos pelo simples fato de ser, de despertar pela manhã, de viver dentro dos nossos corpos.
São essas as recompensas que a nossa autoconfiança e o nosso autorrespeito nos oferecem. Autoestima, seja qual for o nível, é uma experiência íntima; reside no íntimo do nosso Ser. É o que eu penso e sinto sobre mim mesmo, não o que o outro pensa e sente sobre mim. Por isso, está intimamente ligada à imagem e ao conceito de si próprio (auto – imagem e autoconceito = autoestima).
Nosso autoconceito é quem e o que consciente ou inconscientemente achamos que somos. É a visão mais profunda de nós mesmos. O autoconceito influencia todas as nossas escolhas significativas e, portanto, determina o tipo de vida que criamos para nós.
Quando crianças, nossa autoconfiança e nosso autorrespeito podem ser alimentados ou destruídos pelos adultos – conforme tenhamos sido respeitados, amados, valorizados e encorajados a confiar em nós mesmos. Nossos primeiros anos de vida, nossas escolhas e decisões são muito importantes para o desenvolvimento futuro de nossa autoestima.
Seja qual tenha sido a nossa educação, quando adultos, o assunto está em nossas próprias mãos. Ninguém pode respirar por nós, ninguém pode pensar por nós, ninguém pode nos dar autoconfiança e amor próprio.
Posso ser amado por minha família, por meu companheiro ou companheira e por meus amigos, e, mesmo assim, não amar a mim mesmo. Posso ser admirado por meus colegas de trabalho e, mesmo assim, ver-me como um inútil.
Posso projetar uma imagem de segurança e uma postura que iludem virtualmente a todos e, ainda assim, tremer secretamente ao sentir a minha inadequação.
Posso preencher todas as expectativas dos outros e, no entanto, falhar em relação às minhas; posso conquistar todas as honras e apesar disso sentir que não cheguei a nada; posso ser adorado por milhões, mas despertar todas as manhãs com uma nauseante sensação de fraude e vazio.
Chegar ao “sucesso”, sem conquistar uma autoestima positiva, é ser condenado a sentir-se um impostor que aguarda tranquilo ser desmascarado.
Assim como a aclamação dos outros não cria a nossa autoestima, tampouco não o fazem o conhecimento, a competência, as posses materiais, o casamento, a paternidade, a dedicação à caridade, as conquistas sexuais ou as cirurgias plásticas. Essas coisas podem, às vezes, fazer com que nos sintamos melhor com nós mesmos temporariamente, ou mais confortáveis em situações particulares, mas conforto não é autoestima.
A tragédia é que existem muitas pessoas que procuram a autoconfiança e a autoestima em todos os lugares, menos dentro delas mesmas e, portanto, fracassam em sua busca.
Veremos que a autoestima positiva pode ser entendida como um tipo de conquista espiritual, isto é, uma vitória na evolução da consciência. Quando começamos a entender a autoestima dessa forma, como uma condição da consciência, entendemos quanta tolice há em acreditar que, se pudermos causar uma boa impressão nos outros, teremos uma autoavaliação positiva.
Pararemos de dizer a nós mesmos: “Se pelo menos eu tivesse mais uma promoção; se pelo menos me tornasse esposa e mãe; se pelo menos pudesse comprar um carro maior; se pelo menos pudesse escrever um livro, comprar mais uma empresa, ter mais um amante, mais uma recompensa, mais um reconhecimento de minha generosidade – então realmente me sentiria em paz comigo mesmo…”. Perceberíamos então que a busca é irracional, que o anseio será sempre “por mais um”.
Ter autoestima é julgar-se adequado à vida, à experiência da competência e do valor. Se autoestima é autoafirmação da consciência, de uma mente que confia em si, então ninguém pode gerar essa experiência, a não ser você mesmo.
Quando avaliamos a verdadeira natureza da autoestima, vemos que ela não é competitiva ou comparativa. A verdadeira autoestima não se expressa pela autoglorificação à custa dos outros, ou pelo ideal de se tornar superior aos outros, ou de diminuir os outros para se elevar. A arrogância, a jactância e a superestima de nossas capacidades, são atitudes que refletem uma autoestima inadequada, e não, como imaginam alguns, excesso de autoestima.
Uma característica significativa da autoestima saudável é que ela é o estado da pessoa que não está em guerra consigo mesma ou com os outros.
A importância da autoestima saudável está no fato de que ela é o fundamento da nossa capacidade de reagir ativa e positivamente às oportunidades da vida – no trabalho, no amor e no lazer. A autoestima saudável é também o fundamento da serenidade de espírito que torna possível desfrutar a vida.
A autoestima é muitas vezes confundida com falsas noções de “egoísmo”. De fato, quase todos os sistemas éticos que chegaram a ter alguma influência no mundo foram variações sobre o tema da autorrenúncia e do autossacrifício.
Nesses sistemas o indivíduo é sempre ordenado a estar a serviço de algum valor, supostamente mais elevado (o faraó, o imperador, o rei, a tribo, a nação, a família, a verdadeira fé, a raça, o Estado, o proletariado, a sociedade, o planeta).
Podemos entender assim a disposição que têm tantas pessoas de se submeterem a um tipo, ou outro, de figura autoritária, sob cujo império muitas atrocidades são, às vezes, cometidas.
Se nos lembrássemos da forma como quase todos nós fomos introduzidos à palavra “bom”. “Ele é um bom menino – faz o que lhe mandam”. “Ela é uma boa menina – ela se importa comigo e se comporta”. Desde cedo nos ensinam que a virtude consiste não em honrar as necessidades, os desejos e as mais elevadas possibilidades do Ser, mas satisfazer as expectativas dos outros.
O “viver para os outros” é interpretado como a essência da moralidade, e aqueles que o pregam estão mais interessados na obediência do que na autoestima.
Assim, o autossacrifício tem se tornado a maior das virtudes. Até que entendamos que cada pessoa, inclusive nós mesmos, é um fim em si e não um meio para os fins dos outros, não poderemos pensar com clareza sobre a nossa própria existência ou sobre os requisitos para a felicidade humana.
Pergunte a você mesmo com quem gostaria de compartilhar o mundo. Com pessoas que respeitam o seu direito de existir e não lhe pedem para agir contra o seu próprio interesse, ou pessoas que o tratam como objeto de sacrifício? Pessoas que desfrutam um forte senso de identidade espiritual ou pessoas que esperam que você crie um para elas? Pessoas que assumem responsabilidade por sua própria existência ou pessoas que tentam passar essa responsabilidade para você?
Autoaceitação, autoestima não são traços egoístas. O egoísmo é uma condição doentia que surge de um sentimento antigo e profundo de carência e deficiência interior. O irônico é que os vícios, atribuídos a pessoas com egos fortes (mesquinhez, competitividade agressiva, facilidade excessiva para se ofender), são aflições de egos fracos.
De fato, existe uma esmagadora evidência de quanto maior o nível de autoestima do indivíduo, mais ele tratará os outros com respeito, gentileza e generosidade. As pessoas que não vivenciam o amor próprio têm pouca ou nenhuma capacidade de amar os outros. As pessoas que vivenciam dúvidas e inseguranças profundas tendem a ver os outros seres humanos como assustadores e hostis, elas nada têm para contribuir ao mundo. Em contrapartida, pessoas com elevada autoestima fornecem a melhor base possível para a cooperação social, a benevolência e o progresso.
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E você, como definiria a sua autoestima hoje? Ela está forte, média ou baixa?
Quais reflexões estes parágrafos lhe trazem?
Proponho a você um breve exercício
EXERCÍCIO DE AUTOESTIMA
Escreva em uma folha em branco as respostas para as perguntas a seguir:
1. Qual é a imagem que tenho de mim hoje?
2. Qual é a imagem da parte mais rejeitada de mim, a que mais eu odeio?
3. Qual é a imagem da parte mais idealizada de mim, o que eu quero ser?
4. Qual é a imagem que eu dou às pessoas mais próximas de mim?
5. Qual é a imagem que as pessoas mais próximas querem que eu tenha?
6. Qual é a imagem que eu tenho guardada; que eu tenho para dar e não estou dando?
7. Qual é a imagem que eu adoro em mim?
8. Qual é a metáfora que representa o conjunto das oito perguntas anteriores? (Por exemplo: “me sinto como uma borboleta saindo do casulo…”)
10. Qual é a metáfora que eu quero para minha vida futura?
Este texto e exercício são fragmentos da Apostila de número 3 do curso de Formação em Constelações Familiares do Instituto Koziner.
Você pode adquirir todas as 6 apostilas em PDF clicando aqui.
Fique à vontade para compartilhar as suas metáforas em nossos comentários!
Me sinto como uma borboleta