O que é dinheiro para você? Antes de responder, vale a pena meditar mais profundamente, uma vez que nossas ações e reações estão intimamente ligadas à forma como vemos e pensamos as coisas e o mundo – entre elas, o dinheiro.

Sujo?

Historicamente, as crenças disseminadas sobre o dinheiro não são encorajadoras. Dinheiro não traz felicidade, não dá em árvore, é sujo, não garante um lugar no céu nem faz do rico um bem-aventurado (que são os pobres).

Contudo o dinheiro é necessário para a sobrevivência. Então, como lidar com essa dicotomia?

Outro olhar

Apesar de ter sido padre por muitos anos – e convivido bem de perto com muitas dessas crenças – Bert Hellinger propõe uma perspectiva bem diferente para o dinheiro.

Abaixo, selecionamos 7 reflexões de seu livro “Mística cotidiana, caminos de experiencias espirituales”, ainda sem tradução para o português, que podem ser de grande ajuda para uma mudança de paradigma.

 

1 – Dimensão espiritual

“O dinheiro é algo espiritual. Nele está guardada a energia de um trabalho, um trabalho meritório.”

Hellinger acreditava que quanto mais elevado é o trabalho prestado – nascido de virtudes humanas (compaixão, benevolência etc.) – por uma quantia determinada de dinheiro, maior é a energia que esse dinheiro guarda.

2 –  Força

“O dinheiro guardado arduamente, com muito esforço, possui a máxima energia.”

Para Hellinger, quanto mais usamos nosso dinheiro de forma econômica, mais ele é valorizado. “O dinheiro se sente melhor – assim é minha imagem – no cofrinho. Aguarda e espera ser usado.”

3 – Energia

“O dinheiro fácil, ou seja, o dinheiro conseguido sem o trabalho equivalente, possui pouca energia.”

Esse é um dos motivos que, segundo Hellinger, impedem o dinheiro de ficar; além, claro, do dinheiro obtido com injustiça, engano ou, até mesmo, jogos de azar.

Nesses casos, o dinheiro quer ir para outra pessoa que o mereça.

4 – Dinheiro tem alma

Ao atribuir essa “consciência” ao dinheiro, Hellinger acreditava que ele tem um lado espiritual e, inclusive, uma alma. Por isso, ele valoriza quem o usa com cuidado, por um valor apropriado e um trabalho correspondente.

“Essa é a forma mais eficaz e bela de desenvolver sua energia e, por que não dizer, seu espírito.”

5 – Dinheiro é vida

“Aquele que segura dinheiro em suas mãos também detém o trabalho de outra pessoa.”

Por trás do dinheiro há, com frequência, o suor, o sangue e as lágrimas de uma ou mais pessoas. Visto dessa forma, fica mais fácil compreender o porquê devemos respeitá-lo e manejá-lo com mais cuidado.

“Esse cuidado cria um elo com aqueles que o adquiriram, permeado por respeito e amor.”

6 – Movimento espiritual

“Com o movimento do Espírito estamos assentindo àqueles que, com seu trabalho, nos possibilitam usá-lo e, também, àqueles que pagamos pelo seu trabalho correspondente.”

Espiritualmente, explica Hellinger, compreendemos o dinheiro quando o observamos em movimento e, ao estar em harmonia com esse fluxo, nós o demandamos, o recebemos e o transmitimos a outra pessoa.

O dinheiro se encontra a serviço do amor, do amor do Espírito, e é esse amor que flui.

7 – Arma ou benção

“Com isso, fizemos realmente justiça ao espírito do dinheiro? Ele também representa poder e arma, bênção e maldição.”

Quando o poder é excessivo, questiona Hellinger, o que se destaca como a força real por trás disso? São aqueles que o possuem, ou é o dinheiro que os move?

A pergunta é: se o dinheiro move aqueles que o possuem, quem, então, move o dinheiro?

Você se interessa por esse tema? Veja também este vídeo, em que abordo pontos importantes sobre a prosperidade.