“A vida é muito sábia. Em um lado da moeda está o trauma; no outro, a força para superá-lo. Nada vem sozinho.”

Mario Koziner

Em sua definição mais ampla, o trauma pode ser compreendido como uma experiência dolorosa vivenciada ou testemunhada por alguém. Essa experiência traumática pode – às vezes durante uma vida toda – ter um impacto profundo no comportamento da pessoa, influenciando sua maneira de ver e se relacionar com o mundo.

2 tipos de traumas

Para Bert Hellinger, pai das constelações familiares, há dois tipos de trauma:

Trauma pessoal: refere-se a uma experiência traumática específica vivenciada por um indivíduo.

Trauma familiar: refere-se a eventos traumáticos que afetam todo o sistema familiar e podem ser transmitidos de geração em geração. Esses traumas não resolvidos podem ter grande impacto, mesmo que permaneçam ocultos.

“(…) reparei que os problemas importantes dos clientes são de natureza  sistêmica ou remontam a traumas pessoais. Para tratar o aspecto sistêmico, oferecia a constelação familiar; para o trauma pessoal, uma sessão de terapia primal.” Bert Hellinger inUm lugar para os excluídos” (ed. Atman)

Será que tenho um trauma?

Diante de situações traumáticas, cada pessoa pode reagir de maneiras diferentes. No entanto existem alguns sinais comuns que podem nos ajudar a reconhecer um trauma:

  • Pensamentos ou lembranças indesejadas, memórias intrusivas que surgem sem aviso, trazendo lembranças desagradáveis da experiência traumática ou a ela relacionadas.
  • Estar sempre em estado de alerta, atento a tudo ao seu redor, hipervigilante, pronto para reagir ou dar o “bote” antes de recebê-lo.
  • Sensação de insegurança em relação ao mundo e às pessoas.
  • Sentir-se ameaçado em situações que não representam uma ameaça real.

Alquimia do trauma

Para o psiquiatra e constelador Mario Koziner, um trauma nunca vem sozinho, isto é, apenas com a dificuldade e a dor; do outro lado da moeda está a força para superá-lo e atravessá-lo.

 “Quando vemos apenas um aspecto do trauma, ficamos no sofrimento, mas quando nos perguntamos ‘para que me aconteceu isso?’, a resposta vai ser: para desenvolver o outro lado. A vida nos oferece a possibilidade de tomar a força que estava no trauma para o transformar em poder pessoal.”

Um trauma de origem familiar, como sugeriu Hellinger, pode ser visto por meio das constelações familiares, mas se o trauma for de natureza pessoal, existem outros caminhos, como a psicoterapia, ambos oferecidos pelo Instituto Koziner.

Primeiros passos

Você já pode começar a olhar para seus sentimentos agora, por exemplo reconhecendo e admitindo o evento traumático. Depois, explorar os sentimentos associados a essa experiência ou evento traumático. Você pode fazer essa experiência com o exercício da Alquimia Emocional, conduzido pelo professor Mario.

Com esse exercício, você pode começar a usar a força dos sentimentos que, até então, têm paralisado você para seguir em frente.

Veja também, no vídeo abaixo, um breve, mas profundamente inspirador olhar sobre o trauma: